O movimento Rosa+Cruz e a Maçonaria
Durante o século XVII as Lojas operativas, especialmente na Escócia, passaram a iniciar maçons especulativos, ou seja, os "não-pedreiros". Eram os chamados "maçons aceitos", na maioria homens da burguesia, escritores, livres-pensadores, assim como os presbiterianos perseguidos pelas forças que culminaram no "Solemn League and Covenant" de 1638. O intercâmbio entre pedreiros de profissão e esses primeiros especulativos foi inevitável: por um lado, os canteiros de obras forneciam locais indevassáveis para reuniões "secretas" daqueles perseguidos; por outro, as discussões sobre o renascimento das "Artes Liberais" da Idade Média ganharam força: o Trivium (Lógica, a Gramática e a Retórica que tinham como objetivo desenvolver as expressão da linguagem) e o Quadrivium (Aritmética, Música, Geometria e Astronomia) passaram a fazer parte do acervo, ainda que de modo incipiente, de conhecimentos dos operativos que antes eram obrigados a decorar os cânones da Arte.
O túmulo do Rei Hiram de Tiro
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Túmulo de Hiram Rei de Tiro, datado de 950 A.C.
O túmulo do Rei Hiram está localizado a alguns minutos de carro, a sudeste de Tiro na aldeia de Hanaway. É um sarcófago colossal de calcário, construído sobre um alto pedestal, ao norte da fronteira com Israel. Este túmulo pode ser encontrado e visto no Google Maps com uma placa turística marrom na estrada próxima.
Christian Rosencreutza e os manifestos rosacrucianos do século dezessete
José Maurício Guimarães, 33º, RC, M\I\, MAR
Belo Horizonte, setembro de 2011
Era uma vez uma Rainha chamada Catarina de Medici que governava a França como bem entendia. Ela achava que o filho, Carlos IX, era um banana – vivia pensando em caçadas – e não tomava as decisões importantes para o reino. Naquele tempo, a nobreza andava inquieta por causa das hostilidades entre católicos e protestantes. A Rainha pensou numa saída e resolveu casar sua filha, Margarida de Valois, com o protestante Henrique de Navarra. Milhares de pessoas foram convidadas para as bodas, principalmente os huguenotes. Paris virou um formigueiro humano. Depois da cerimônia, iniciaram-se os festejos que, de acordo com os costumes, deveriam durar três semanas ou mais. Mas, a bruxa andava solta. Tratava-se do celerado Charles de Louvier, inimigo dos protestantes que, a mando da Rainha, feriu o líder huguenote Coligny. Os protestantes pressentiram a armadilha: a festança não passava de uma armadilha. Tentaram revidar, mas em vão. A soldadesca caiu-lhes em cima. Ao invés de punir Louvier, Carlos IX mandou matar Coligny. Em seguida, atendendo às exigências da Rainha, trucidou os convidados das bodas e todos os que transitassem pelas ruas com cara de huguenote. Era a noite de 24 para 25 de agosto de 1572 – noite de São Bartolomeu – quando pereceram mais de 30 mil pessoas. O massacre se estendeu por vários meses e noutras cidades da França, vitimando mais de 100 mil pessoas.
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O Esquecido Templo de Salomão
José Maurício Guimarães
O tema do "
templo de Salomão" na Maçonaria é uma pedra-de-toque(1) tão formidável que James Anderson e Albert Mackey não hesitaram em incluí-lo como inamovível e inquestionável parâmetro do culto maçônico(2).
Mackey dá status de Landmark à lenda do construtor do templo, essência e identidade da Maçonaria, alertando que qualquer rito que a excluísse ou alterasse, deixaria de ser um rito maçônico. Da codificação landmarkiana resulta a obrigação de a Ordem fundar uma ciência especulativa segundo os relatos bíblicos daquele templo ancestral.
Anderson teria ido muito além da realidade histórica ao afirmar que a Arte Real "foi oriunda da Grécia, cujos habitantes não deixaram nenhuma evidência de melhorias em alvenaria, antes do templo de Salomão". E acrescentava: "as melhores estruturas de Tiro e de Sidom não podem ser comparadas com o eterno templo em Jerusalém, construído, para grande espanto do mundo, no curto espaço de sete anos e seis meses, sob direção divina e sem o ruído de ferramentas, embora tenham sido empregados 3.600 mestres, 80.000 cortadores de pedra e outros 70.000 trabalhadores de todo tipo, obra administrada pelo mais sábio homem e mais glorioso rei de Israel, o príncipe da paz e da arquitetura, Salomão, filho de David".
Os Tribunais de Santa Vaheme
José Maurício Guimarães
Quem cursou o ensino médio sabe o que foi a
Santa Veheme, também chamada "Corte Sagrada". Apesar dos estudos do Grau 31 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria, ninguém precisa ser maçom para conhecer bem essas coisas.
A "Liga da Corte Sagrada", como também era conhecida, funcionava como supremo tribunal secreto na Vestfália (região da Alemanha, em torno das cidades de Dortmund, Münster, Bielefeld, e Osnabrück) durante a Idade Média, período da história da Europa entre os séculos V e XV.
"Quanto menos as pessoas sabem do passado e do presente, tanto mais impreciso será o juízo que farão sobre o futuro", escreveu Freud em 1927. Freud explica... mas parece que a história tem que se repetir, pois ninguém gosta de estudar e refletir sobre o que acontece. Principalmente no passado século XX e no atual e miserável século XXI, a expiação dos erros se dá pelas chibatadas de repetirmos os mesmos equívocos de sempre. Os tribunais "santas vehemes" podem não ter desaparecido. Permanecem como brasas adormecidas sob as cinzas, aguardando a oportunidade de um sopro, uma fagulha, para incendiarem novamente a civilização.












